No culto, a congregação experimenta seu Senhor de forma mais íntima. Aqui, ela vive na proximidade mais próxima de seu Noivo, em uma vida celestial na terra, uma vida terrena no céu. O culto é a mais bela flor da vida terrena. Assim como uma terra no meio do oceano, a Palavra e os Sacramentos ocupam o centro da vida interior e do culto da congregação.
Você tem uma semana que ficou para trás e uma nova semana à sua frente. Entre essas duas semanas está o dia do Culto e da Comunhão. Você deseja aproximar-se de Deus com a congregação. O que você, seja pastor ou ovelha, deve fazer primeiro? Você faz o que todas as religiões consideram necessário para a alma: você a purifica, como pés que se sujaram com as atividades da vida diária. Em outras palavras, você se prepara para o culto confessando seus pecados e recebendo a absolvição. Tendo sido purificado do pecado, você entra nas alegrias do dia festivo ou do domingo em particular.
No entanto, os fiéis percebem que a terra ainda carrega outros fardos e tristezas, tanto presentes quanto futuras. A vida, a morte e a eternidade, com todos os seus frutos amargos e consequências, ameaçam você enquanto caminha rumo ao reino celestial. Preocupações o sobrecarregam e continuam a fazê-lo. Mas o pecado já não mais o tortura, o mal já não mais é temido, e você não suspira mais ansiosamente, mas uma confiança alegre enche sua alma. Você se senta sob o olhar do Senhor. No sermão, começa a experimentar a bem-aventurada comunhão dos santos que se alegram no Senhor.
A congregação reunida em culto se vê como a Noiva do Senhor, rica não apenas dele e por meio dele, mas também uns nos outros. Em sua plenitude, a congregação pensa nas necessidades e misérias particulares da terra, deleita-se em todas as coisas boas e se apresenta diante do altar do Senhor com intercessões, petições e orações. Todos os fiéis são abençoados e se aproximam do trono de bênção sabendo que são dignos.
Os fiéis percebem que a Igreja é uma só, tanto aqui quanto em qualquer lugar. Peregrinos são um só em suas orações e são purificados juntamente com todos os santos bem-aventurados no céu.
— J. K. Wilhelm Loehe. Agende. In: GANZERT, Klaus (Ed.). Gesammelte Werke. Neuendettelsau: Freimund, 1986. v. 7/1, p. 12–15. Traduzido e publicado em: Treasury of Daily Prayer. St. Louis: Concordia Publishing House, 2008, p. 1081.
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