O Período de Pentecostes

Quarenta dias após a Páscoa (cf. Atos 1.3), a Igreja celebra a Ascensão de Nosso Senhor, que ascendeu aos céus não apenas como Deus, mas também como homem. O último domingo do período de Páscoa, celebrado como Pentecostes, foi adotado pelos primeiros cristãos para comemorar a primeira grande conversão de pessoas para Cristo (cf. Atos 2.1–41). 

    Assim, Pentecostes é o aniversário da Igreja Cristã, já que o Espírito Santo desceu sobre os discípulos e eles deram seu testemunho sobre o Senhor ressuscitado. Pentecostes é um dia de alegria nos dons do Espírito, pois ele ainda entra em nossas vidas assim como fez com as multidões naquele primeiro Pentecostes: através da pregação da Palavra de Deus e do Santo Batismo.

Assim como Just coloca:

“Pentecostes está intimamente ligado à Páscoa como o quinquagésimo dia escatológico, a semana das semanas. Se a Páscoa era a celebração do sacrifício do Cordeiro, Pentecostes é a oferta das primícias desse sacrifício em nós, os batizados, através da presença contínua de Cristo em sua igreja pelo seu Espírito. Se os períodos festivos do ano da igreja são sobre Cristo, o período de Pentecostes trata de como Cristo agora se tornou um povo” (JUST, 2008, p.219).

Com isso, a festa de Pentecostes encerra o tempo pascal, iniciando então o “tempo comum da igreja” ou também como conhecemos: “tempo pós-pentecostes”.

A cor para a Festa de Pentecostes é o vermelho,[1] que lembra fogo, calor, ardor, poder. Remete-nos ao Dia de Pentecostes, quando línguas de fogo pousaram sobre os discípulos e eles passaram a falar em outras línguas testemunhando o cumprimento das promessas em Cristo.

---

[1] Os paramentos vermelhos não deveriam ser os mesmos usados em dias festivos que são lembrados a memória de mártires, pois o simbolismo será diferente.