Nascido em Ur dos Caldeus por volta de 2000 a.C., Abrão (como era chamado inicialmente) recebeu o chamado de Deus para deixar sua terra e ir para um lugar que o Senhor lhe mostraria. Lá, Deus prometeu que ele se tornaria uma grande nação e que, por meio de sua descendência, todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12.1-3). Aos 75 anos, Abrão obedeceu e começou sua jornada. Ele fez uma parada em Harã, mas finalmente chegou à terra de Canaã (Gênesis 12.4-5). Com ele estavam sua esposa, Sarai, e seu sobrinho, Ló. Nesse lugar, Deus apareceu a ele várias vezes ao longo dos anos, repetindo e esclarecendo a promessa feita (Gênesis 12.7; 13.14-17). No início, Abrão pensou que Ló seria seu herdeiro, mas o Senhor deixou claro que nem Ló nem seu servo Eliezer seriam herdeiros (Gênesis 15.2-4). Ao contrário, um filho seu, seria o herdeiro. Abrão acreditou na promessa de Deus, e o Senhor creditou essa fé como justiça (Gênesis 15.6).
No entanto, depois de muitos anos sem que nada acontecesse e cansados de esperar, Abrão e Sarai resolveram tomar o controle da situação. Sarai deu sua serva, Agar, a Abrão, e Ismael nasceu (Gênesis 16.1-4). Mesmo assim, Deus reafirmou que o filho prometido viria de Sarai (Gênesis 17.15-16). Como sinal de sua promessa, Deus mudou seus nomes para Abraão (pai de um povo) e Sara (Gênesis 17.5; 17.15). Finalmente, quando todos os esforços humanos pareciam inúteis, Deus visitou o casal novamente e disse que o nascimento do filho prometido aconteceria dentro de um ano (Gênesis 18.10). Sara, ao ouvir essa promessa, riu de incredulidade, e o nome do filho, Isaque (que significa “riso”), foi dado em memória dessa reação (Gênesis 17.19; 21.3). E assim, conforme Deus prometera, Isaque nasceu (Gênesis 21.1-2).
Um dia, Deus pediu algo assustador a Abraão. Ele mandou que Abraão oferecesse seu filho de volta a ele como sacrifício (Gênesis 22.2). Obediente, Abraão partiu com Isaque e alguns servos para o lugar indicado por Deus. Isaque percebeu que faltava o cordeiro para o sacrifício, e Abraão profetizou: “Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho” (Gênesis 22.8). Embora Abraão estivesse disposto a sacrificar o menino, ele acreditava de coração que Deus o ressuscitaria dos mortos para cumprir suas promessas (Hebreus 11.17-19). No último instante, um anjo impediu que o velho homem levasse adiante o sacrifício (Gênesis 22.11-12). Isaque foi poupado, e um carneiro foi oferecido em seu lugar (Gênesis 22.13).
A prontidão de Abraão em obedecer e sua fé nas promessas invisíveis de Deus marcaram sua vida desde o momento de seu chamado. Nosso Senhor até disse que Abraão “alegrou-se por ver o meu dia; e ele viu esse dia e ficou alegre” (João 8.56).
Oração do dia
Senhor Deus, Pai celestial, tu prometeste a Abraão que ele seria o pai de muitas nações, guiaste-o para a terra de Canaã e selaste tua aliança com ele pelo derramamento de sangue. Que possamos ver em Jesus, a Semente de Abraão, a promessa de uma nova aliança da tua santa Igreja, selada com o sangue de Jesus na cruz e que agora nos é dada no cálice do Novo Testamento; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
Ao Deus de Abraão louvai,
do vasto céu Senhor,
eterno e poderoso Pai
e Deus de amor,
excelso Jeová,
que terra e céu criou!
Minha alma o nome exaltará
do grande “Eu - Sou”. (HL 209.1)
Texto e oração traduzido e adaptado de Celebrating the Saints: The Feasts, Festivals, and Commemorations of Lutheran Service Book escrito pelo Rev. William Weedon e publicado pela Concordia Publishing House. Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A letra do hino é do Hinário Luterano da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB).
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