📖 Este é o último post da nossa série contando a história da fundação
da Igreja Evangélica Luterana do Brasil.
Através dessas publicações, revisitamos o início da missão luterana no Sul do Brasil, os desafios enfrentados pelos primeiros missionários e a fidelidade que marcou a pregação da Palavra e a formação das primeiras comunidades.
Que essa história inspire gratidão a Deus e renovado compromisso com a missão da nossa igreja hoje.
Agradecemos a todos que acompanharam! Que o Senhor continue abençoando a IELB!
OS PRIMEIROS 10 ANOS DE UM NOVO DISTRITO SINODAL: 1904–1914
O nascimento de um Distrito Sinodal
Com base em solicitação do Departamento de Missão Interna, a Convenção Sinodal de 1902 do Sínodo de Missouri resolveu que, assim que fosse conveniente, o Conselho, em conjunto com o presidente do Sínodo, deveriam auxiliar os pastores e congregações do Brasil a formar um Distrito Sinodal. Experiências no Sínodo de Missouri tinham mostrado que tal ação era benéfica para o seu trabalho.[1]
Este foi o principal objetivo da visita do pastor L. Lochner ao Brasil.[2] O Kirchenblatt anunciou o assunto mais importante da Conferência Pastoral Geral, a qual concluiria a visita do pastor L. Lochner: se era chegado o momento de formar um Distrito Sinodal.[3] Lochner falou do assunto em quase todas as congregações que visitou.[4]
Com a presença de oito pastores, oito delegados leigos, um professor e o pastor L. Lochner, a Conferência Geral de Pastores e Delegados Leigos abriu seus trabalhos na Congregação de Rincão São Pedro (hoje São Pedro do Sul) às 3h da tarde do dia 23 de junho de 1904.[5] O pastor L. Lochner foi escolhido unanimemente para presidir o encontro. Na primeira sessão, os membros leigos apresentaram suas credenciais. L. Lochner leu a mensagem sinodal. O tema era: Por que um Sínodo deve ficar com a Palavra de Jesus?
Hotel Central de Rincão de São Pedro, local da fundação da IELB. |
A segunda sessão aconteceu na sexta-feira, dia 24 de junho de 1904. Após a devoção de abertura, foi solicitado que Lochner apresentasse as razões que justificavam a organização de um Distrito Sinodal. Ele o fez. A razão mais forte era a própria experiência do Sínodo de Missouri, que foi organizado por doze pastores em 1847 e que se tornou um grande Sínodo luterano. O desejo do Sínodo de Missouri era que os luteranos brasileiros experimentassem as mesmas bênçãos. Não deveria haver medo quanto às relações futuras com a Igreja-mãe [a Igreja Luterana – Sínodo de Missouri]. A relação com o Departamento de Missão Interna não seria modificada, e o auxílio financeiro não cessaria. Outra bênção seria uma comunhão maior entre as diferentes congregações no Brasil.
Depois dessa exposição de Lochner, aconteceu uma discussão sobre um pedido à Igreja-mãe acerca do relacionamento futuro entre o novo distrito e o sínodo. Uma comissão foi eleita para elaborá-lo.
Depois, o pastor J. Hartmeister fez a proposta para que os pastores e as congregações evangélicas luteranas formassem um Distrito Sinodal do Sínodo de Missouri. A proposta foi aceita. Havia nascido o décimo quinto Distrito do Sínodo de Missouri.
Na sequência, foram eleitos os dirigentes. Unanimemente foram eleitos: pastor Wilhelm Mahler (como presidente); pastor Henry Klein (como vice-presidente); pastor Richard Kern (como secretário) e Sr. Henry Wilke (como tesoureiro).
A subdivisão do novo Distrito em três distritos, ou regiões, foi o passo seguinte.
Depois, o presidente [eleito] foi incumbido de executar os procedimentos necessários para que o Distrito [recém-fundado] fosse reconhecido pelo Sínodo de Missouri.
Sr. Walter Haeberlin e esposa, de Toropi, RS, um dos delagados votantes fundadores da IELB. |
A memorável segunda sessão terminou com a escolha da data para a convenção seguinte: 15 de janeiro de 1905, em Jaguari.
Na terceira sessão, foram eleitos os conselheiros das regiões: H. Klein foi eleito para a região de Porto Alegre, J. Hartmeister para a região de São Lourenço e J. Harder para a região Noroeste. Na sequência, o pastor J. Hartmeister relatou sobre o Instituto.
Na quarta sessão, em 25 de junho de 1904, foi escolhido o nome do distrito: Der Brasilianische District der deutschen evangelisch-lutherischen Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten. Um delegado leigo propôs que fosse enviada uma solicitação ao Concordia Seminary, de Saint Louis, Missouri, para que oferecessem um curso opcional em língua portuguesa.
A quinta e última sessão aconteceu na manhã da segunda-feira, dia 27 de junho de 1904.[6]Na solenidade de encerramento, W. Mahler expressou a gratidão que o novo distrito devia ao pastor L. Lochner pela sua orientação e ajuda.[7]
Em 7 de julho, Lochner deixou o Rio Grande do Sul. Ele foi para Buenos Aires e lá embarcou no primeiro navio para Londres, a fim de vistoriar o trabalho do Sínodo de Missouri.[8]
Os objetivos do Distrito Brasileiro foram afirmados por W. Mahler, seu primeiro presidente: a reunião das congregações e a promoção do seu crescimento interno.[9]O restante deste estudo procura analisar o sucesso do Distrito em alcançar seus objetivos.
Expansão geográfica
O Distrito Sul, na área de Pelotas e São Lourenço, não experimentou um crescimento significativo. Onde antes trabalhavam cinco pastores, somente dois permaneceram.[10] Por causa da expansão em outras áreas, em algumas congregações pastores foram substituídos por professores e pastores vizinhos ficaram encarregados de supervisioná-los.[11] A área de Jaguari também não teve crescimento significativo. O Distrito de Porto Alegre foi o único dos três distritos originais a mostrar um desenvolvimento externo marcante. O crescimento numérico teve cerca de 4 mil membros batizados em 1904[12] e mais de 15 mil em 1914[13] — deve-se ao fato de que congregações de outras áreas do Rio Grande do Sul solicitaram pastores ao Sínodo de Missouri e que o trabalho missionário entre imigrantes recém-chegados teve sucesso.
Em 1904, a congregação de Conventos Vermelho, mais tarde chamado Roca Sales, foi dirigida pelo seu ex-pastor para o Sínodo de Missouri e enviou um chamado pastoral.[14] O pastor H. Frehner, que havia sido pastor do Sínodo Rio-Grandense e que foi recebido pelo Sínodo de Missouri por colóquio, aceitou o chamado para Roca Sales[15] (e também serviu às congregações de Arroio do Meio, Palmas e Arroio Augusto).[16] Ele foi instalado em Roca Sales em 20 de novembro de 1904.[17] Esta foi a primeira congregação do Sínodo de Missouri na região do Alto Taquari que, mais tarde, deu origem a diversas paróquias. Ainda no mesmo ano, Frehner deixou o Sínodo de Missouri e se filiou à Igreja Católica Romana. Foi substituído pelo pastor Otto von Jutrznenka, que também havia pouco tempo tinha sido recebido pelo Distrito Brasileiro do Sínodo de Missouri através de colóquio.[18]
Templo da Congregação São Paulo de Linha 8, município de Ijuí, RS, e seu pastor Emil F. Mueller, por ocasião de visita recebida dos EUA. O pastor Emil foi presidente da IELB (1917-1921). |
Em 1905, o pastor de Sítio, na área de Santa Cruz, que não era filiado a um sínodo, se aposentou por causa de uma doença na garganta e solicitou um sucessor do Sínodo de Missouri. O pastor Martin Frosch, que tinha vindo dos Estados Unidos em 1904 e servia como pastor auxiliar em Porto Alegre, aceitou o chamado.
Ele foi instalado em Sítio em 25 de junho de 1905.[19]
Também em 1905, a congregação de Linha 8 de Ijuí, no Noroeste do Estado, solicitou atendimento ao Sínodo de Missouri.[20] Em novembro, o recém-chegado candidato ao ministério, Emil Mueller, aceitou o chamado para a congregação.[21]Ele foi o primeiro pastor do Sínodo de Missouri no Noroeste do Rio Grande do Sul, cerca de 160 quilômetros a região de Jaguari.
Ijuí abriu as portas para novas regiões de imigração no Noroeste do Estado: Guarani, Santa Rosa, Santo Ângelo, Três Passos, e através do rio Uruguai, para dentro da Argentina. Foi nessas regiões que o Sínodo de Missouri alcançou o maior progresso nos períodos seguintes.[22]
O trabalho missionário do Sínodo de Missouri na Argentina também começou no ano de 1905. Um pastor do Sínodo de La Plata, de San Juan, Entre Rios, pretendia retornar para a Alemanha. Ele desejava deixar sua congregação para um pastor realmente luterano. Em função disso, manteve contato com o pastor W. Mahler. O pastor Mahler foi para San Juan. Em um encontro da congregação, realizado no dia 25 de junho de 1905, ela mudou seus estatutos, filiando-se o Distrito Brasileiro do Sínodo de Missouri.[23] O pastor Henry Wittrock aceitou o chamado e foi para San Juan em outubro de 1905, tornando-se o primeiro pastor residente do Sínodo de Missouri na Argentina.[24]
O primeiro pastor do Sínodo de Missouri que trabalhava a leste de Porto Alegre, na região de Taquara, foi Hermann F. Gruell, que aceitou chamado para Alto Rolante em 1906.[25]
O início do trabalho em duas novas áreas de colonização merece ser mencionado. Em 1909, o pastor Paulo Weber começou a servir a área de Guarani, no Noroeste do Estado,[26] e em 1911, o pastor H. Busch foi instalado à área de colonização do governo em Erechim.[27]
Após dez anos de desenvolvimento, o Distrito Brasileiro do Sínodo de Missouri continuou trabalho no Sul do Rio Grande do Sul somente na área de São Lourenço. Ele havia se estendido consideravelmente para a região Norte, para a maioria das áreas onde havia imigração alemã.[28] Fora dos limites do Rio Grande do Sul, o trabalho havia se dirigido ao norte e para a Argentina. Santa Catarina e Paraná, mas não foi possível pela falta de pastores e recursos financeiros.[29]
Os pastores que entraram no campo brasileiro neste período – com exceção dos pastores H. Frehner, O. Jutrznenka e Kurt Haupt, que entraram por colóquio – vieram dos Estados Unidos. Eles eram: Martin Frosch, em 1904;[30] Emil F. Mueller, John H. Meyer, M. Fleckenstein e Emil C. Wegehaupt, em 1905;[31] George Daschner, Hermann F. Gruell e W. Wehrs, em 1906;[32] Paul Rhode e Louis C. Rehfeldt, em 1907;[33] A. Enge, em 1908;[34] P. Weber, em 1909; W. Pennekamp, A. Heine – que havia ido para a Argentina em 1907 – e Adolf Flor, um brasileiro que se formou em Springfield, Illinois, em 1910;[35] J. Busch, Edwin McMannis e Theophil Strieter, em 1911;[36] E. Heyner, Theodore Gohlke, P. Klein, Wilhelm Kemner e H. Mueller, em 1912;[37] Conrad F. Lehenbauer, Hermann W. Petersen e August C. Reimnitz, em 1913; William A. H. Becker, Walter L. Schroeter, Ernst Sprengler e George Lehenbauer, em 1914.[38]
Dificuldades e retrocessos
A maior barreira para um crescimento mais rápido do trabalho missionário era a falta de pastores e professores paroquiais.[39] Novos campos que enviaram chamados pastorais não puderam ser atendidos. Congregações que tinham sido admitidas por um curto período, depois que o pastor saía não recebiam substituto por um longo tempo e eram perdidas. Paróquias menores se juntavam, formando grandes paróquias, tornando a educação cristã extremamente difícil. Vários pastores foram sobrecarregados e sofriam porque muitas vezes não havia pastores disponíveis o suficiente.[40] Em vários casos, isso aconteceu porque os candidatos que recebiam os chamados não os aceitavam.[41] Contudo, os mais prejudiciais eram os candidatos que vinham ao Brasil, trabalhavam alguns anos, até mesmo apenas alguns meses, e retornavam aos Estados Unidos sem se importar se as congregações a que tinham servido receberiam um sucessor ou seriam perdidas.
Com algumas poucas exceções, os pastores que vieram ao Brasil eram jovens formados pelos seminários de Saint Louis ou Springfield e não possuíam experiência ministerial. A maioria deles permaneceu no Brasil apenas o tempo suficiente para ganhar alguma experiência. Eles partiam quando estavam começando a tomar pé da situação e eram substituídos por outros jovens inexperientes.
De 1905 a 1914, vinte pastores deixaram o Brasil. A maioria voltou aos Estados Unidos, alguns foram para a Alemanha, e alguns simplesmente abandonaram o ministério.
Em 1905, eles foram: J. Hartmeister, depois de três anos; R. Kern, depois de menos do que três anos; H. Zander e H. Frehner deixaram o Sínodo.
Em 1907, os seguintes deixaram o Brasil: F. Siemke, após seis anos; H. A. Klein, após cinco anos; M. F. Fleckenstein, após dois anos.
Em 1908, W. Moeller deixou o Brasil após seis anos de trabalho; P. Rohde, após um ano; J. H. Meyer, após dois anos.
Em 1910, P. H. Petersen retornou aos Estados Unidos após sete anos no Brasil.
Em 1912, E. Schulz retornou após nove anos; F. Brandt deixou o Sínodo de Missouri após nove anos de trabalho; E. Wehrs deixou o Distrito Brasileiro após seis anos e H. Mueller após alguns meses. A. Vogel deixou o Brasil após doze anos de trabalho missionário; R. Mueller, após onze anos; O. von Jutrznenka, após oito anos; P. Klein após um ano, em 1913.
Em 1914, E. Heyner deixou o Brasil após dois anos de trabalho, e o pastor W. Mahler após catorze anos de trabalho missionário no Brasil.[42]
Um problema que prejudicou o trabalho do Sínodo de Missouri no Brasil durante os primeiros anos foi o financeiro. Vários fatores contribuíram para que ele se tornasse sério: o alto custo de vida no Brasil,[43] a instabilidade da moeda brasileira,[44] a pobreza da maioria dos imigrantes e seus descendentes no Brasil, alguns dos quais até mesmo padecendo fome,[45] a falta de educação na mordomia cristã e indiferença espiritual,[46] o débito quase que constante na tesouraria para a Missão no Brasil, nos Estados Unidos,[47] e o orçamento bastante limitado do Departamento de Missão.[48]
Em certas áreas, a oposição ao seu trabalho também tornou a vida dos pastores bastante amarga. Na Alemanha, certos periódicos equiparavam os pastores do Sínodo de Missouri com Jesuítas.[49] Nos periódicos Christliche Welt e Evangelisches Gemeindeblatt fuer der La Plata Synode foi dito que o trabalho do Sínodo de Missouri era um resultado da Doutrina de Monroe, tendo objetivos industriais e políticos.[50]
A oposição mais forte veio do Sínodo Rio-Grandense, que tentou prejudicar o trabalho do Sínodo de Missouri com difamações.[51]
A oposição da Igreja Católica foi menor do que poderia ser esperada em um país predominantemente católico. A Igreja de Roma dirigiu seus ataques especialmente contra Presbiterianos, Batistas, Metodistas e Episcopais.[52] Em determinados momentos, tentou confrontar escolas luteranas, construindo ao lado escolas católicas.[53]
A oposição começou a decrescer neste período de 1904 a 1914, especialmente por parte do Sínodo Rio-Grandense.[54] Também não fazia sentido existirem rixas, pois em 1909, no Sul do Brasil, havia entre 300 e 350 mil pessoas de origem alemã. Destas, cerca de 100 mil tinham um atendimento espiritual regular; cerca de 100 mil tinham atendimento esporádico; e o restante não tinha atendimento. Ademais, no Rio Grande do Sul havia cerca de 40 mil alemães que já há 40 anos não tinham atendimento espiritual de pastores ou professores de fato.[55]
Nem todas as congregações que solicitaram atendimento do Sínodo de Missouri permaneceram filiadas a ele. A maior perda do período foi a congregação de Estância Velha. Em 1908, a congregação estabeleceu uma nova determinação, de acordo com a qual o pastor deveria alterar qualquer pessoa para a Santa Ceia, sem perguntar sobre sua situação. O pastor não concordou, forçou-o a se demitir. Uma parte da congregação não concordou com a nova ordem da congregação, mas não quis dividi-la. Assim, a congregação que havia chamado ao Brasil um pastor do Sínodo de Missouri acabou se separando dele.[56]
Em 1911, a congregação de Rincão São Pedro deixou o Sínodo de Missouri porque ficou sem novo pastor por muito tempo.[57] Por razões similares, as congregações de Não-me-Toque e Kronental foram perdidas em 1913/1914.[58]
O pastor Artur Enge foi o primeiro pastor do Sínodo de Missouri que morreu no Brasil. Foi em 13 de abril de 1913, vitimado por tiro.[59]
O significado da congregação de Porto Alegre
Era a congregação do presidente do Distrito, o pastor Wilhelm Mahler. Ela experimentou crescimento constante, tanto interna como externamente. As outras congregações procuravam nela a liderança, pois estava localizada na capital.[60] A representação da Concordia Publishing House [Casa Publicadora Concórdia] estava em seu meio. [61]Em 1906, já havia iniciado uma União Juvenil, cujos encontros eram realizados nas tardes dos domingos e que em pouco tempo se tornou um fator importante na vida da congregação.[62]
Em 1909, foi organizado o Departamento Feminino.[63] O começo do trabalho em língua portuguesa também aconteceu lá. Em 1911, o professor Martin Frosch começou a dirigir cultos em português.[64] Em 1914, aconteceu a primeira cerimônia de confirmação em português.[65]
Os imigrantes que vieram ao Rio Grande do Sul entraram pela cidade de Porto Alegre. A partir de 1908, a missão entre os imigrantes foi a principal preocupação do pastor e dos professores que viviam na cidade. Através deles, centenas de imigrantes foram direcionados para pastores do Sínodo de Missouri que atuavam em áreas de colonização.[66] A partir de 1907, o Seminário também estava no seio da congregação em Porto Alegre.
Seminário Concórdia – 1904-1914
O Instituto iniciou em Bom Jesus em 1903. No começo de 1905, as atividades foram interrompidas por causa do retorno de J. Hartmeister aos Estados Unidos. Em setembro de 1904, a filha de dois anos de idade do casal Hartmeister havia falecido, sendo uma das vítimas de uma epidemia de coqueluche.[67] Foi uma situação difícil, especialmente para a senhora Hartmeister, que entrou em colapso total no começo de 1905. Hartmeister mandou os cinco alunos do Instituto para casa e retornou aos Estados Unidos com a sua família.
O seu sucessor em Bom Jesus não continuou o trabalho no Instituto.[68] Três dos ex-alunos deram aula em escolas paroquiais.[69] Dois deles, Adolf Flor e Emílio Wille, foram para o Seminário de Springfield [EUA], em 1907, onde estudaram até 1910.[70] Eles voltaram ao Brasil em 1910, quando A. Flor entrou no ministério. Mais tarde, E. Wille também entrou no ministério.[71]
A ideia de ter um seminário no Brasil para treinar pastores e professores brasileiros não morreu com a partida do pastor Hartmeister. Na primeira Convenção Distrital do Distrito Brasileiro depois da sua fundação, em Jaguari, de 28 de abril a 2 de maio de 1905, a questão foi levantada. Foi resolvido reabrir o Seminário o quanto antes possível, desta vez em Porto Alegre. A congregação de Porto Alegre deveria, novamente, chamar um pastor assistente para lecionar no seminário. A pensão custaria 20 mil réis por mês. A congregação deveria manter a escola desta maneira durante três anos e então solicitar à Convenção Sinodal do Sínodo de Missouri que tomasse conta dela como se fosse uma instituição sua.[72]
Por causa da carência de pastores, não havia um disponível imediatamente, razão por que a reabertura do Seminário teve de esperar. O pastor W. Mahler continuou a escrever insistentemente sobre o assunto no Kirchenblatt.[73] Para ele, era uma questão de consciência. Ele acreditava que, se ele e os seus companheiros ficassem indiferentes em relação à educação dos futuros pastores para o Brasil, as gerações futuras iriam acusá-los, com razão, de sério desinteresse.[74]
Finalmente, em 1º de maio de 1907, o Seminário foi reaberto em Porto Alegre, com dois alunos de São Lourenço, um de Ijuí e um de Porto Alegre. Mahler cuidou do ensino, e o seu assistente, pastor Emil Wegehaupt, tornou-se o Hausvater [ecônomo; diretor do internato].
Antiga casa do governador no Caminho Novo (hoje av. Voluntários da Pátria em Porto Alegre) durante visita dos jovens luteranos ao Seminário Concórdia em 1909. |
Durante o ano, mais três alunos chegaram. Uma casa foi alugada na Avenida Pátria para sediar o Seminário. Em novembro do mesmo ano, Wegehaupt passou a cuidar da escola e, em 1908, foi eleito diretor.[75] Ainda em 1908, outra casa foi alugada à rua Ernesto Fontoura, a fim de que o Seminário tivesse um espaço maior.[76]
Poucos alunos podiam pagar o custo do estudo. Por esta razão, congregações vizinhas a Porto Alegre enviavam gêneros alimentícios para o seu sustento. Um fundo especial para alunos carentes foi criado.[77]
O pastor Wegehaupt e os professores da escola paroquial cuidaram do ensino.[78] Um professor assistente, E. Boeckel, foi contratado para ensinar português.[79]
A Convenção do Sínodo de Missouri de 1908 julgou que não era o momento apropriado de elevar o Seminário ao nível de instituição sinodal, mas que permanecesse como um empreendimento distrital. Contudo, também resolveu pagar o aluguel de duas casas [que serviam de internato para os alunos].[80]
Na Convenção Distrital realizada em Sítio, de 13 a 18 de janeiro de 1909, o nome da escola foi escolhido: Seminário Concórdia.[81]
Em 1910, sete dos 22 alunos matriculados foram enviados para lecionar em escolas paroquiais; alguns depois de um ano de estudo e outros depois de dois anos de estudo.[84]
Em 1911, o pastor M. Frosch foi chamado para substituir o professor E. Boeckel, que havia se demitido.[85] Por meio ano, ele teve de conduzir o ensino com apenas a ajuda de instrutores, pois naquele ano o diretor Wegehaupt viajou para participar da Convenção do Sínodo de Missouri, a fim de solicitar o valor de $25.000 para comprar uma área e construir instalações adequadas para o Seminário. A construção alugada era antiga, úmida, inadequada e consumia muito dinheiro em aluguel. A Convenção aprovou a quantia de $5.000 e permitiu que Wegehaupt se dirigisse às congregações para levantar a quantia faltante.[86] O seu sucesso foi parcial.[87] A Convenção também resolveu pagar o salário dos professores através do caixa sinodal.[88]
Por essa época, foi formada uma sociedade de pastores e leigos no Rio Grande do Sul. Eles compraram, com condições vantajosas, um terreno próximo à congregação de Porto Alegre. Assim que o dinheiro para a construção chegou dos Estados Unidos,[89] a escritura foi repassada ao Conselho Administrativo do Seminário.[90]
Prédio próprio do Seminário Concórdia inaugurado na av. Eduardo (hoje av. Presidente Roosevelt) em 29.09.1912. |
Em abril de 1912, aconteceu a primeira formatura no Seminário Concórdia. Carlos Roll, Frederico Strelow e Franz Hoffmann se formaram como professores e receberam seus chamados.[91]
O dinheiro para a construção veio em junho de 1912. A obra começou em 2 de julho de 1912. Uma oferta especial foi levantada entre as congregações. A modesta construção de madeira, medindo 13 x 15 metros, foi dedicada no dia 29 de setembro de 1912.[92] O seu presidente Heine proferiu o sermão de dedicação. No dia seguinte, dez anos depois que os primeiros alunos do Seminário iniciaram seus estudos em uma parte de um estábulo, as aulas iniciaram no primeiro prédio construído com objetivos educacionais.[93]
Quando as aulas iniciaram em 1913, o pastor W. Mahler estava novamente lecionando, a fim de aliviar a carga do diretor Wegehaupt e do professor Frosch.[94] Naquele ano, pela primeira vez o Seminário tinha uma classe teológica. O currículo para os alunos de Teologia era de três anos de pré-seminário e três anos de Teologia. Para o curso normal, era de cinco anos.[95]
O fim do período
O ano de 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial e a consequente interrupção de imigração alemã, marca o final de um período na história do Distrito Brasileiro do Sínodo de Missouri e da história do Luteranismo brasileiro em geral. Para o Distrito Brasileiro, o fato que pode ser considerado fechamento do período foi o retorno do pastor W. Mahler aos Estados Unidos. Mahler foi o primeiro missionário do Sínodo de Missouri residente no Brasil, seu primeiro diretor missionário, o primeiro presidente do Distrito Brasileiro e o primeiro editor do Kirchenblatt. Todos os outros pastores que tinham vindo ao Brasil em 1901 e 1902 já haviam retornado aos Estados Unidos. Mahler foi presidente do Distrito Brasileiro até 1910, quando renunciou porque a carga de trabalho havia prejudicado sua saúde, especialmente seus nervos.[96] O pastor Adolph A. Vogel lhe sucedeu e, por sua vez, teve como sucessor August Heine em 1913.[97]
A família de Mahler voltou aos Estados Unidos em agosto de 1913 por causa de doença de sua esposa. Quando ela teve de ser operada, o pastor Mahler deixou o Rio Grande do Sul pela última vez em 1º de agosto de 1914.[98]
A liderança de Mahler foi um dos grandes fatores usados por Deus para o sucesso do trabalho missionário do Sínodo de Missouri no Brasil. Quando ele chegou ao Brasil, 17 famílias pertenciam ao Sínodo de Missouri; quando partiu, o número havia crescido para 15 mil membros batizados.
[1] Fuenfundzwanzigster Synodalbericht der Allgemeinen deutschen ev.-luth. Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten, versammelt als Zehnte Delegatensynode zu Milwaukee, Wis., im Jahre 1902. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1902, pp. 69,72.
[2] “Protokoll der ersten Versammlung des Brasilianischen Synodalldistrikts”. Evangelisch-Lutherisches Kirchenblatt fuer Suedamerika, I (15 de julho de 1904), p. 139. Daqui em diante citado como “Protokoll” e Kirchenblatt.
[3] [W.] Mahler. “Die Allgemeine Versammlung”. Ibid., I (1º de junho de 1904), p. 118.
[4] “Protokoll”, ibid., I (15 de julho de 1904), p. 139.
[5] Ibid., p. 138.
[6] Ibid., pp. 137-143.
[7] J. Hartmeister. “Erste Versammlung des Brasilianischen Distrikts”. Der Lutheraner, LX (2 de agosto de 1904), p. 246.
[8] [W.] Mahler. “Visitationsreise”. Kirchenblatt, I (1º de agosto de 1904), p. 151.
[9] Zweiter Synodalbericht des Brasilianischen Distrikts der deutschen ev.-lutherischen Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten, versammelt zu Jaguari, Rio Grande do Sul, Brasilien, vom 28. April bis zum 2. Mai 1905. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1906, p. 4. A partir daqui citado como Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1905.
[10] [W.] Mahler[.] “São Lourenço”. Kirchenblatt, II (1º de junho de 1905), p. 85.
[11] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1905, p. 85. W. Mahler, “São Lourenço”, Kirchenblatt, III (15 de fevereiro de 1906), p. 29.
[12] Statistisches Jahrbuch der deutschen evangelisch-lutherischen Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten fuer das Jahr 1904. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1905, p. 122.
[13] Neunter Synodalbericht des Brasilianischen Distrikts der Deutschen Ev.-Lutherischen Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten, versammelt zu São Leopoldo vom 14. zum 20. Januar 1915, s.l., s.d., p. 9. A partir de agora, citado como Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1915.
[14] [W.] Mahler[.] “Conventos Vermelho”. Kirchenblatt, I (1º de março de 1904), p. 70.
[15] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1905, p. 83.
[16] Ibid., p. 83.
[17] W. Mahler. “Einführung P. Freihners in Conventos Vermelho.” Kirchenblatt II (15 de dezembro de 1904), p. 221.
[18] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1905, p. 83. “Protokoll des Kolloquiums der Pastoren Mahler und v. Jutrzenka”. Kirchenblatt, II (1º de dezembro de 1905), p. 181
[19] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1905, p. 83. H. St. “Sítio”. Kirchenblatt II (15 de julho de 1905), p. 108.
[20] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1905, p. 84.
[21] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Kirchenblatt, II (1º de novembro de 1905), p. 165.
[22] Luther-Kalender fuer Suedamerika auf das Jahr 1951. Editado por A. Lehenbauer e P. Schelp. Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia, 1951, p. 89. A partir daqui, citado como Luther-Kalender, 1951.
[23] [W.] Mahler. “Ein neuer Erfolg”. Kirchenblatt, III (1º de agosto de 1905), pp. 115,116
[24] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Ibid., II (1º de novembro de 1905), p. 165.
[25] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Ibid., II (1º de novembro de 1906), p. 180.
[26] E. Mueller[.] “Guarany”. Ibid., VII (1º de janeiro de 1910), p. 4.
[27] [W.] Mahler[.] “Ein neue Arbeitsfeld”. Ibid., VIII (1º de agosto de 1911), p. 116.
[28] Ibid., E. M., Ibid., VII (1º de janeiro de 1910), p. 4.
[29] J. Busch[.] “Versammlung des Brasilianischen Distrikts”. Der Lutheraner, LXIX (6 de junho de 1913), p. 217.
[30] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Kirchenblatt, I (1º de novembro de 1904), p. 197.
[31] Ibid., III (1º de dezembro de 1906), p. 180.
[32] Ibid., p. IV (15 de dezembro de 1907), p. 172.
[33] “Versammlung des Brasilianischen Distrikts”. Der Lutheraner, LXV (4 de maio de 1909), p. 133.
[34] [W.] Mahler[.] “Zwei neue Arbeiter fuer unser Distrikt”. Kirchenblatt, VII (15 de março de 1910), p. 45. [W.] Mahler[.] Ibid., VII (15 de dezembro de 1910), p. 189.
[35] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Ibid., VIII (1º de maio de 1911), p. 70.
[36] “Aus Brasilien”, Der Lutheraner, LXVIII (23 de julho de 1912), p. 237.
[37] Luther-Kalender, 1951, pp. 149–151.
[38] Dritter Synodalbericht des Brasilianischen Distrikts der Deutschen Ev.-Lutherischen Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten, versammelt zu Santa Cruz, Rio Grande do Sul, vom 13. zum 18. Januar 1909. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1909, p. 19. Daqui em diante citado como Mo. Synod, Brazilian District, Proceedings, 1909.
[39] Ibid., pp. 19,20. [Feurbringer], Der Lutheraner, LXIII (29 de janeiro de 1907), p. 38. J. Busch, ibid., LXII (8 de julho de 1913), p. 217.
[40] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1909, p. 19.
[41] Luther-Kalender, 1951, pp. 148–150.
[42] iebenundzwanzigster Synodalbericht der Allgemeinen Deutschen Ev.–Lut. Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten, versammelt als Zwoelfte Delegatensynode zu Fort Wayne, Ind., im Jahre 1908. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1908, p. 78. Daqui em diante citado como Mo. Synod, Proceedings, 1908.
[43] W. Mahler. “Die Geldfrage in der suedamerikanischen Mission”. Der Lutheraner, LXI (5 de dezembro de 1905), pp. 388,289.
[44] K. S., “Zwei Briefe aus Brasilien”, Ibid., LXIX (7 de janeiro de 1913), pp. 5,6.
[45] Achtundzwanzigster Synodalbericht der Allgemeinen Deutschen Ev.–Lut. Synode von Missouri, Ohio und andern Staaten, versammelt als Dreizehnte Delegatensynode zu St. Louis, Mo., im Jahre 1911. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1911, p. 115. Daqui em diante citado como Mo. Synod, Proceedings, 1911.
[46] L. Lochner. “Unsere brasilianische Mission”. Der Lutheraner, LXI (28 de julho de 1908), p. 237.
[47] K. S., ibid., LXIX (7 de janeiro de 1913), p. 5.
[48] L. [Fuebringer], ibid., LXII (4 de dezembro de 1906), p. 406.
[49] [W.] Mahler[.] “Verkehrte Gedanken und unnuetze Sorgen ueber die Taetigkeit der Missouri in Suedamerika”. Kirchenblatt, II (1º de fevereiro de 1905), pp. 19–21.
[50] [W.] Mahler[.] “Institutionssache”. Ibid., III (15 de junho de 1905), p. 91.
[51] Idem. “Brasilien”. Ibid., III (15 de janeiro de 1906), p. 14.
[52] Idem, ibid., IV (15 de agosto de 1907), p. 125.
[53] A. V. “Porto Alegre”. Ibid., V (15 de janeiro de 1908), p. 11.
[54] L. Fuebringer. Der Lutheraner, LXX (27 de julho de 1909), p. 232.
[55] F. Flieper. Ibid., LXV (23 de março de 1909), p. 88. “Kurzer Bericht ueber die Synode in Sítio”. Kirchenblatt, VI (1º de fevereiro de 1909), p. 21.
[56] “Versammlung des Brasilianischen Distrikts”. Der Lutheraner, LXVIII (1º de outubro de 1912), p. 314. August Heine. “Synodalbericht”, Kirchenblatt, IX (1º de março de 1912), pp. 34,35.
[57] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1915, p. 8.
[58] K. S., “Trauerbotschaft aus Brasilien”. Der Lutheraner, LXIX (10 de junho de 1913), p. 189.
[59] W. Mahler. Ibid., LXV (19 de março de 1909), p. 69.
[60] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1905, p. 86.
[61] [W.] Mahler[.] Kirchenblatt, IV (15 de agosto de 1907), p. 125.
[62] “Versammlung des Brasilianischen Distrikts”. Der Lutheraner, LXIV (4 de maio de 1909), p. 133.
[63] Karl Schmidt[.] Ibid., p. 254.
[64] [W.] Mahler[.] Kirchenblatt, XI (12 de maio de 1914), p. 67.
[65] “Kurzer Bericht ueber die Synode in Sítio”. Ibid., VI (1º de fevereiro de 1909), p. 21.
[66] [W.] Mahler[.] “Bom Jesus”. Ibid., I (15 de outubro de 1904), p. 116.
[67] J. Hartmeister. “The Sowing of a Mustard Seed”. Concordia Historical Institute Quarterly, XXI (abril de 1950), p. 29.
[68] Johannes Kunstmann. “Seminário Concórdia zu Porto Alegre”. Kirchenblatt, XII (1º de dezembro de 1915), p. 178.
[69] [W.] Mahler[.] Ibid., IV (15 de agosto de 1907), p. 125.
[70] [W.] Mahler[.] Ibid., VIII (15 de dezembro de 1907). Luther-Kalender, 1951, p. 155.
[71] [W.] Mahler[.] “Institutionssache”. Kirchenblatt, II (15 de junho de 1905), p. 91.
[72] Ibid., pp. 91.02. [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Ibid., II (1º de novembro de 1905), p. 165.
[73] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1909, p. 26. J. Kunstmann. Der Lutheraner, LXXII (14 de março de 1916), p. 105.
[74] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Kirchenblatt, V (1º de fevereiro de 1908), p. 12
[75] [E.] Wegehaupt. “Porto Alegre”. Ibid., V (1º de abril de 1908), p. 52.
[76] Ibid., p. 52.
[77] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1908, p. 78. J. Kunstmann. Der Lutheraner, LXXII (14 de março de 1916), p. 105.
[78] Mo. Synod, Proceedings, 1908, p. 78.
[79] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, 1909, p. 27.
[80] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Kirchenblatt, VI (1º de julho de 1909), p. 99.
[81] E. C. Wegehaupt. “Konkordia-Seminar”. Ibid., VII (1º de fevereiro de 1910), p. 9.
[82] [W.] Mahler[.] “Aus unserm Seminar”. Ibid., VII (15 de março de 1910), p. 45.
[83] [W.] Mahler[.] “Aus unserm Seminar”. Ibid., VII (15 de março de 1911), p. 52.
[84] [W.] Mahler[.] “Porto Alegre”. Ibid., VIII (1º de junho de 1911), p. 16.
[85] Mo. Synod. Proceedings, 1911, p. 82.
[86] Fr. S. “Unser Missionen”. Der Lutheraner, LXXIII (11 de junho de 1912), p. 185.
[87] Mo. Synod. Proceedings, 1911, pp. 82, 116.
[88] [W.] Mahler[.] “Aus unserm Seminar”. Kirchenblatt, IX (1º de julho de 1912), p. 100.
[89] Idem. “Aus unserm Seminar”. Kirchenblatt, XI (1º de março de 1914), p. 35.
[90] Idem, Ibid., IX (1º julho de 1912), p. 100.
[91] Ibid. J. Kunstmann. Der Lutheraner, LXXII (14 de março de 1916), p. 105.
[92] Ibid. J. Kunstmann. Der Lutheraner, LXXII (14 de março de 1916), p. 105.
[93] [W.] Mahler[.] “Bericht der Aufsichtsbehoerde”. Kirchenblatt, X (1º de fevereiro de 1913), p. 20.
[94] E. C. Wegehaupt. “Konkordia Seminar zu Porto Alegre”. Ibid., XI (15 de fevereiro de 1914), p. 28.
[95] E. C. Wegehaupt. “Konkordia Seminar”. Ibid., X (15 de janeiro de 1913), p. 12.
[96] W. Mahler. “Amtswechsel”. Ibid., VII (1º de fevereiro de 1910), p. 19.
[97] Luther-Kalender, 1951, p. 164.
[98] Mo. Synod, Brazil District, Proceedings, p. 9.
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