sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

O Altar não é um palco—é onde o Céu toca a terra!

Em um mundo obcecado por performance—luzes, câmeras e aplausos—é fácil interpretar mal o altar. Mas o altar não é um palco; é o lugar onde o céu encontra a terra.

Pense nisso: um palco serve para entretenimento. Atores se apresentam, a plateia assiste e, quando a cortina se fecha, tudo acaba. Mas um altar é diferente. É um lugar de encontro, onde recebemos os benefícios do santo sacrifício de Cristo por nós. Nele, Cristo nos dá si mesmo na Santa Ceia (João 6.53–56), e é também onde oferecemos nosso louvor e ações de graças.

Desde os primeiros dias do cristianismo, os cristãos compreendiam a importância do altar. Santo Inácio de Antioquia (século I) enfatizou a necessidade de se reunir ao redor do altar com o bispo e os sacerdotes, chamando-o de centro da unidade. São Justino Mártir (século II) descreveu como os cristãos se reuniam para celebrar a Santa Ceia (Eucaristia) ao redor do altar, oferecendo orações por todos.

Por quê? Porque, em cada culto, o sacrifício de Cristo no Calvário se torna presente para nós novamente—não o crucificando outra vez, mas tornando presente aquela única e eterna oferta (Hebreus 9.26). É no altar que o comum—pão e vinho—se une ao extraordinário: o Corpo e o Sangue do nosso Salvador.
“De fato, não temos aqui cidade permanente,mas buscamos a que há de vir.” — Hebreus 13.14
É isso que acontece no altar: vislumbramos essa “cidade que há de vir”. O véu se levanta, ainda que por um instante, e nos unimos aos anjos e àqueles que partiram em Cristo, em uma única adoração (Apocalipse 5.11–13). Não se trata de uma performance. É um convite divino para entrar na presença do Rei.

Então, da próxima vez que você for ao culto, lembre-se: aquela estrutura de mármore ou madeira à frente não é uma plataforma para espetáculo. É o ponto central da nossa fé, o lugar onde o temporal e o eterno se encontram. Sem ingresso, sem show— apenas o lugar onde Cristo nos serve com seus dons, conectando-nos ao céu por meio da sua Palavra e Sacramento.

Traduzido e adaptado de The Altar Isn’t a Stage—It’s Where Heaven Touches Earth. Ecclesiastical Sewing.

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